quinta-feira, 28 de abril de 2011

Curso Sendas

Queridos,

Depois de tanto tempo estamos às vésperas de nossos encontros!

Na sexta-feira, 29/04, às 19h30min (dezenove e trinta) trabalharemos o tema: Diagnóstico em Psicanálise.

Não escolhi nenhum texto para leitura prévia, por isso não avisei antes.

Sábado, 30/04, às 15h30mim (quinze e trinta), iniciaremos o trabalho com o livro de Tolstói, Ana Karenina.

Até lá.

Abraço

Carla

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mulheres insatisfeitas e alguns homens

As mulheres são basicamente insatisfeitas, o que equivale a dizer que são basicamente desejantes. Pessoas satisfeitas não desejam, por que o fariam?

Fundamentalmente insatisfeitas, elas apontam uma satisfação possível no que ainda virá, no amanhã. Dizê-las sonhadoras vem daí, desse olhar esperançado para um mais além.

Mulheres se satisfazem na diferença, no detalhe. Homens, ao contrário, gostam da ordem unida, do grupo, da massa. Mulheres não querem encontrar um vestido igual ao seu, em uma reunião. Homens, por sua vez, adoram o uniforme. No trabalho: terno e gravata ou o macacão. E nas festas, uniforme de festa: o smoking preto e branco que, se for alugado, será melhor ainda.

Mulheres têm vários gozos na cama, homens tendem a um só, que esmaece em seguida. Pobre!

Mulheres gostam de elogios e homens também. Agora, se você ao elogiar uma mulher compará-la com uma outra, por mais fantástica que essa outra lhe pareça, o elogio vira insulto. Homens não, a comparação os enaltece. Homens gostam de ser Churchills, Pelés, Einsteins.

Mulheres, por não aderirem a padrões, têm sempre muito a escolher e, em decorrência, sofrem pela falta da garantia da escolha. Surge o desarvoramento, sentimento feminino por excelência.

A insatisfação feminina pode ser doença ou provocação. Doença, na histérica imobilizada em sua eterna e repetitiva queixa ao outro, para que lhe restitua aquilo que lhe faltou. Provocação, na sua exigência de uma satisfação além do limite comum, que não se contenta com os troféus que os homens lhe exibem para acalmá-la, pedindo ainda mais, mais além das evidências. Se não fossem essas mulheres, atenção, disse mulheres, não histéricas – não são sinônimos - ainda estaríamos na idade da pedra, com os homens sentados em roda ao redor da fogueira, como hoje fazem ao redor de uma mesa de chope, elogiando mutuamente seus belos tacapes.

Mulheres insatisfeitas, de desejos insatisfeitos, querem novidade, mudança; homens satisfeitos, de desejos impossíveis, querem o mesmo, a segurança da repetição. E assim ficam juntos até o dia em que finalmente se entenderem...

por Jorge Forbes
publicado em: http://www.vidaboayb.com.br/index.php?id=240

segunda-feira, 25 de abril de 2011

V ENAPOL

V ENAPOL

Encontro Americano de Psicanálise
de Orientação Lacaniana

11 e 12 de Junho de 2011

Rio de Janeiro

Hotel Sofitel – Copacabana

Passamos a marca dos 1000 inscritos!

E você? Vai ficar aí deitado?

Mexa-se e faça sua inscrição!

Restam menos de 150 lugares.

Estamos negociando mais espaço, mas é melhor garantir o seu!


Informações e inscrições

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Sinopse do Curso: Os efeitos de uma análise. Aula do dia 8/04/2011 (*)

Carlos Genaro Gauto Fernández, logo depois do seu curso “Por um psicanalista digno da psicanálise” (ministrado de Janeiro à Março de 2011), inicia o curso em “Os efeitos de uma análise” na Delegação Geral, MS - MT.

Genaro propõe: qual é o efeito real que se procura numa análise? Com isso nos faz questões, mais que isso, nos traz inquietações, questionando: De que real se trata? O significante cria um real? O que é a transcendência de uma análise? É possível passar do significante ao Real?

Em sua primeira aula, expõe suas reflexões de maneira leve e descontraída, com fragmentos de caso clínico, história de vida, notícias atuais, e principalmente nos aproximando de Jaques Alain Miller, tanto trabalhando seu curso atual “Obra de Lacan”, como também algo da sua história com a psicanálise, fomentando assim discussões e questões aos participantes.

Um psicanalista digno da psicanálise é aquele que transmite o real a seu analisante, mas de que real se trata? É este real presente a todo o momento, principalmente na última quinta feira, após o massacre ocorrido em uma escola na cidade do Rio de Janeiro, em que doze crianças foram mortas e outras feridas a esmo por um assassino, e sem motivos aparente? O evento é um fato real da realidade, mas seu sentido permanece Real, na vertente lacaniana, pois nenhum sistema explicativo lhe dá um sentido preciso.

O real que nunca mente, é diferente do real da realidade, seja em uma tragédia ou noutro evento, consiste em não conseguir dar uma explicação simbólica. Quanto ao acontecimento da escola em Realengo, embora imprevisível e repulsivo, admitamos que a morte de civis e inocentes não é raridade na nossa dita civilização cristã/ocidental. Se pensarmos nas motivações deste assassino, isso nos conduz a refletir sobre o normal e o patológico. A psicologia em geral parte do pressuposto de que o psiquismo é normal naturalmente e a psicanálise sabe que o simbólico introduz uma des - naturalização do suposto normal.

A psicanálise sabe que só porque há dificuldade em distinguir o que é imagem e o que é fantasia, o sujeito humano já não se enquadra claramente na normalidade. Vivemos em um mundo de representações, por exemplo, quando um paciente traz um sonho, conversas, situações... O que importa ao analista é o relato deste, e não a veracidade dos fatos.

Retornando aos “Efeitos de uma análise”, pensamos que se há efeito há causa. O efeito de uma análise questiona os efeitos de uma causa. O objeto a causa alguma coisa. Jacques- Alain Miller está trabalhando a noção de causa em seu curso, ao tratar da vida e obra de Lacan. E nós o acompanhamos.

Genaro aponta a importância deste momento, em que ao terminar de transcrever os seminários de Jacques Lacan, Miller permite que observemos a totalidade do seu ensino, uma visão conjunta, uma espécie de arquitetura da transmissão de Lacan. É possível relacionar e confrontar o dito (O Seminário) com o Escrito; por exemplo: o Seminário As psicoses com o texto “De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose”, o Seminário As formações do inconsciente com o texto “Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano”; não que não fosse realizado antes, mas talvez não com aquela acuidade requerida.

Genaro faz um elogio a Jacques - Alain Miller, tanto aos anos de dedicação à psicanálise, como a sua forma clara de transmiti-la. Compara o excelente professor que é Miller ao excelente clínico que foi Lacan. Em nenhum momento Lacan nomeou de teoria ou obra seus seminários e escritos, e sim de ensino, mostrando um constante “work in progress”, o que permite aos interessados a sempre esperar algo mais, o novo. Lacan trabalha seus ensinamentos exigindo sempre algo a mais de seus leitores, “quero que o leitor ponha algo de si” diz na Abertura dos Escritos. Em seus seminários ele se debatia consigo mesmo, fabricava o saber, elaborava o saber, havia uma satisfação, um gozo singular dele.

Pensando em um contexto histórico, a partir de J. – A Miller, Genaro faz referência a dois filósofos:

- Descartes, com sua construção teórica através da dúvida hiperbólica.

-Kant, que estabelece uma distinção entre “a coisa em si”, da qual nada pode ser dito e “a coisa para si”, que existe em função da minha percepção subjetiva, a realidade.

Isto para mostrar que o ponto de partida filosófico de Lacan, pode ser o idealismo kantiano, na leitura de Miller, para pensar as representações. A psicanálise é feita de representações. A psicanálise trabalhando a estrutura inconsciente, se sustentava na hipótese de haver um significante que regeria todos os outros, o significante Nome-Do-Pai, mas Lacan pluraliza o Nome-Do-Pai, com isso não há o que garanta, não há um índice de verdade e de correspondência entre o Real e a representação.

O que nós temos é uma estrutura desde o início, uma estrutura de linguagem, ou seja, um termo vale em relação/comparação a outro. Estamos no mundo da linguagem, a estrutura da linguagem e é vazia. Não tem função arquetípica. Cabe a cada um preenchê-la de forma singular. Esta estrutura é Real.

O real que nós carregamos inicialmente é a estrutura do inconsciente, ela não se altera, e retorna sempre ao mesmo lugar.

Assim Carlos Genaro encerra sua fala, não com um ponto final, mas com reticências indicando os próximos capítulos.

Sinopse de Fernanda Fernandes.

(*) Revisada por Carlos Genaro Gauto Fernández)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ateliê Fundamentos da Psicanálise Lacaniana

Sobre quais fundamentos a psicanálise lacaniana está instalada?
Foi a partir dessa questão que inauguramos em 2007 o presente ateliê.

Nosso próximo encontro acontecerá dia 18 de abril (segunda-feira), às 19h30, na sede da Delegação Geral MS/MT da Escola Brasileira de Psicanálise, à Rua Dr. Bezerra de Menezes, 274, Vila Planalto.

Nele finalizaremos a discussão do texto "A Direção do Tratamento e os princípios de seu poder", In: Lacan, Jacques. Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3356-4904.

Atenciosamente,
Regina Cheli Prati


Esta é uma atividade aberta!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Oficina de estudos - Rondonópolis, MT

No dia 16 de abril haverá, como parte dos estudos da Oficina de Rondonópolis, o filme de George Stevens "Assim caminha a humanidade".

Para participar, entre em contato com a coordenadora Sueli Ignoti pelo telefone 66 3421 5684 / 9984 0527, ou pelo email: oficinapsicanalise@terra.com.br


Prêmios:
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Direção (George Stevens)
Prêmios David di Donatello, Itália
Prêmio de Melhor Produção de um Filme Estrangeiro

Indicações:
Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA
Oscar de Melhor Filme
Oscar de Melhor Roteiro Adaptado
Oscar de Melhor Ator (James Dean e Rock Hudson)
Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (Mercedes McCambridge)
Oscar de Melhor Direção de Arte
Oscar de Melhor Edição
Oscar de Melhor Figurino
Oscar de Melhor Trilha Sonora
Prêmios Globo de Ouro, EUA
Prêmio de Melhor Filme - Drama
Prêmio de Melhor Direção (George Stevens)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oficina de Estudos de Psicanálise - Rondonópolis, MT

Cronograma:

Primeiro semestre 2011

26.02.11 - Cinema e Psicanálise
A fogueira das vaidades - Brian de Palma

19.03.11 - 1º encontro às 9h

02.04.11 - 2º encontro às 9h

16.04.11 - às 9h 
Cinema e Psicanálise
Assim caminha a Humanidade - George Stevens

30.04.11 - 3º encontro  às 9h

14.05.11 - 4º encontro às 9h

28.05.11 - 5º encontro às 9h com a psicóloga Vanessa Wagna

10 e 11.06.11 - 6º encontro com o psicanalista Ary Farias e a psicanalista Carla Serles

25.06.11 - às 9h
Cinema e Psicanálise
Filme a ser definido


Coordenação: Sueli Ignoti

Fone 66 3421 5684 / 9984 0527